Fila para se servir em bufê pode e deve ser evitada
É sempre a mesma história, basta comparecer em qualquer casamento para o inevitável acontecer. Você foi à cerimônia, esperou um bocado até a noiva aparecer, pegou seu carro, chegou ao local da festa, correu para pegar uma mesa e sentou para conversar com seus amigos. Depois de algum tempo, começaram a passar os canapés para abrir o apetite. “Hum, interessante, mas estou começando a ficar com fome”, você pensa. Finalmente, começam a servir o jantar, que será no formato de bufê em apenas dois locais do salão. Você repara que as pessoas começam a se movimentar e, quando olha em direção ao bufê, constata que a fila está enorme e decide aguardar. “Daqui a pouco melhora”, é a sua esperança. Passados longos minutos, a fila não diminui de modo algum e você finalmente decide enfrentá-la. Depois de muito esperar, você consegue, em fim, se servir e sentar para jantar. Quando acaba, pensa: “Acho que vou repetir, estava tão bom!”, e olha em direção ao bufê novamente, quando repara que a fila ainda está grande, o que lhe dá um enorme desgosto.
Será que este tipo de situação poderia ser evitado? Por que os convidados de um casamento, aniversário ou festa tem que enfrentar longas filas? Resolver este tipo de problema pode se tornar um diferencial interessante para um bufê e também para restaurantes que possuem o sistema de self-service. Com certeza, o cliente perceberá que não foram formadas grandes filas e ficará grato por isso.
Divisão em partes
É importante, em primeiro lugar, não formar uma fila única. Em muitos bufês, é comum que isso aconteça, não havendo alternativa para que a demanda possa ser distribuída em diversos pontos.
Sendo assim, uma primeira alternativa seria separar os alimentos quentes dos frios. As saladas, por exemplo, ficariam em locais diferentes, de preferência em mesas redondas, ao invés de retangulares. Quando a mesa é redonda, não há uma sequência definida, o que evita a formação de filas. Como nem todos se servem de salada ou, o fazem em momentos diferentes (antes ou após os pratos quentes), esta tática ajuda a melhorar o fluxo de pessoas no ambiente.
Além disso, os temperos não deveriam de forma alguma estar no meio da mesa. Eles poderiam estar separados e, de preferência, em outra mesa. Desta forma, quem tiver terminado de se servir e quiser apenas temperar sua salada, não será um gargalo atrapalhando as outras pessoas que ainda não o tiverem feito.
Em segundo lugar, não seria interessante apenas separar as saladas dos demais pratos. Se existirem opções diferentes, como massas, frutos do mar e carne, por exemplo, elas idealmente deveriam estar em locais diferentes. Sendo assim, quem quisesse se servir apenas de massa, não estaria na mesma fila dos que gostam de carne e assim por diante. Caso não seja possível separar os pratos principais que serão servidos, pode-se também aumentar a quantidade de locais em que eles são servidos, evitando-se a criação de filas.
Finalmente, as sobremesas também deverão estar em um local separado e, assim como no caso das saladas, em uma mesa redonda, para que as pessoas possam se servir com facilidade.
Estas medidas simples, se adotadas corretamente, podem trazer um grande benefício para os clientes, fazendo com que sua experiência de consumo se torne mais agradável.
Sobre o Autor
Antonio Pedro Alves é formado em administração pela FGV, com MBA em Marketing pela FIA-USP, além de diversas especializações, inclusive na HEC, na França. Atuou em diversas multinacionais, na venda direta, na indústria e no varejo, entre elas o Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart, Reckitt Benckiser e Avon. É executivo de marketing, palestrante e consultor.
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