Marketing não é só para empresas privadas (3)
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) criou uma campanha de conscientização bastante interessante e inusitada, com o objetivo de chamar a atenção da mídia e também para arrecadar fundos.
Em Nova York, resolveram colocar uma vending machine para vender água num local de grande movimento. Até aqui, sem grandes novidades, se não fosse pelo produto oferecido: água suja. As opções de compra para o consumidor eram as seguintes: malária, dengue, cólera, tifóide, hepatite, desinteria, salmonela e febre amarela.
A idéia da UNICEF era chamar a atenção das pessoas para um problema grave que ocorre principalmente em países em desenvolvimento: a morte de crianças menores de cinco anos por ingestão de água contaminada (segunda maior causa de mortes em crianças desta idade).
A campanha foi tão inusitada que gerou publicidade positiva em diversos meios de comunicação, como jornais, blogs, TVs e rádios. A divulgação ajudou a aumentar o conhecimento do Tap Project, programa lançado pela UNICEF em 2007 em Nova York.
A idéia do projeto é estimular os norte-americanos a doarem US$ 1,00 em restaurantes pela água que tomam de graça (nos EUA é prática comum tomar água da torneira em restaurantes). Segundo a UNICEF, este valor é suficiente para que uma criança tenha água potável por 40 dias.
Mais uma vez, mostrou-se que uma boa estratégia de marketing pode ser aplicada em qualquer tipo de negócio ou mercado. A divulgação da UNICEF foi bastante inovadora, usando uma linguagem simples e direta. Além disso, também foi inteligente ao utilizar uma vending machine para chamar a atenção do público em geral, uma vez que todos nós consumimos água, refrigerante e sucos nestas máquinas e pagamos um valor baixo por estas bebidas, o que se torna um argumento forte para conseguir doações.
Confira o vídeo da ação em Nova York:
Comment (1)
Muito interessante. Nunca imaginei uma propaganda assim tão marcante! Sá não não fica claro o que é feito das garrafas que são distribuidas por 1 U$$. Será que o pessoal tem coragem de abrir?
Roberto