Lonely Planet: como oferecer o que o público quer
Os guias de turismo Lonely Planet são referências importantes para qualquer tipo de viajante. Desde a década de 1970, a empresa vem proporcionando informações práticas e sinceras sobre diversos destinos em todo o mundo.
Fundada por dois ingleses, Tony e Maureen Wheeler, a Lonely Planet adotou uma estratégia e posicionamento muito bem definidos, entregando um produto que é exatamente o que o cliente espera e deseja. Seus guias falam concisamente da história dos lugares, dão dicas úteis sobre como encontrar o que precisa num país estrangeiro, fala de forma clara e muitas vezes críticas sobre as condições encontradas nas cidades visitadas, servindo ao seu leitor como um consultor independente.
Os escritores da Lonely Planet são jornalistas que não recebem comissões dos inúmeros hotéis, restaurantes ou países para os quais viajam. Eles estão interessados em mostrar a visão mais imparcial, prática, útil e simples sobre os lugares. E é precisamente isso que se procura quando se compra um guia de viagens.
O que a empresa conseguiu fazer foi criar um produto único no mercado, diferente do que existia até então (e que ainda persiste). Os guias mostravam somente o lado positivo dos lugares, nem sempre sendo totalmente sinceros, não abordavam questões importantes (sobre segurança, por exemplo) e pecavam por não serem práticos e fáceis de ler.
Com este diferencial e voltada para um público bem definido, a Lonely Planet se tornou conhecida mundialmente e um sucesso em vendas. Pode ser que esta estratégia não tivesse sido claramente pensada no princípio, mas com certeza foi baseada no desejo dos fundadores de contarem sua história, de darem dicas úteis para outros viajantes e de serem sinceros na sua descrição.
O mérito da empresa, portanto, foi manter seus princípios, divulgando-os para o mundo inteiro em mais de 500 guias em oito línguas (inglês, italiano, francês, espanhol, alemão, coreano, japonês e chinês). O sucesso não poderia ser diferente!
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