A arte de treinar funcionários com eficiência

A arte de treinar funcionários com eficiência

Século 21. Certamente o mundo mudou e continua mudando cada vez mais rápido. O número de usuários 3G no Brasil já chega a 11,9 milhões, contra 11,8 milhões de assinantes da banda larga fixa, ou seja, superaram a antiga e tradicional. Internet ligada ao telefone parece coisa pré-histórica, certo? Trocar de computador, televisão ou  carro tornou-se cada vez mais uma rotina e desejo de todos.

As pessoas conversam cada vez mais por mensagem instantânea, considerando o e-mail algo ultrapassado. Lembra-se quando começou a usar e-mail pessoal? Não faz muito mais de 12 anos; como algo tão recente pode ser considerado antiquado?

O início da história da educação no Brasil começou em 1549 com o primeiro grupo de jesuítas, nos moldes europeus. Este modelo era composto por sala de aula e quadro negro, no qual o professor ministrava seus conhecimentos aos alunos, que assistiam passivamente sentados.

Hoje tudo mudou no processo educativo. Na realidade, quem são as pessoas que serão treinadas? Para falar delas temos que pensar de onde emergiram. Estes profissionais recebem milhares de informações a cada hora do dia, necessitam mapeá-las, compreendê-las e processá-las com rapidez, antes que seus concorrentes. Portanto, a informação passa a ser tão veloz que, em muitos casos, nem se sabe que ela existiu.

Hoje temos professores ministrando aulas para alunos exaustos, pressionados, necessitando solucionar seus problemas no primeiro momento do dia seguinte.

Por outro lado, os professores ministram suas aulas com recursos modernos, que tem como premissa básica impedir que seu aluno “durma”. Em geral conseguem este feito com sucesso. No entanto, ensinar, efetivamente, é outra história. Passaram-se 500 anos e a educação continua a mesma. Não está na hora de mudar?

Diante de todas estas perspectivas, temos convicção que os participantes de um treinamento necessitam deixar de ser passivos ou meros ouvintes para se tornarem parte do processo de ensino e aprendizagem. Mas como colocá-los neste processo?

Há um conceito denominado sinestesia, que poderá nos ajudar a compreender este fato. Sinestesia é a relação de planos sensoriais, sendo eles o paladar, olfato, tato, visão e audição. Uma experiência que envolva tais sentidos tende a permanecer na memória por mais tempo e ser absorvida de forma mais prazerosa do que quando apenas um destes planos sensoriais é aplicado, o que ocorre em uma aula tradicional. Uma das formas que garante este processo é a aplicação de Jogos de Negócios, já utilizado nos Estados Unidos, e pelas mais afamadas Universidades daquele país, com extremo sucesso há alguns anos.

Este modelo, ainda pouco empregado no Brasil, garante a velocidade do aprendizado acelerando-o em cinco vezes, o que reduz consideravelmente o investimento do treinamento, aumentando a eficácia e a eficiência do mesmo.

Será que não está na hora de mudarmos? O mercado irá dizer. Lembre-se que em muitos casos, ao perdermos uma informação, nos arriscamos a que nosso concorrente a absorva e a use, nos deixando em desvantagem.

Sobre o Autor

Fernando Arbache é diretor da Arbache Consultoria e Treinamento doutor em Sistemas de Informação (COPPE/UFRJ) e Inteligência de Mercado (ITA). Foi docente em Logística e Administração de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Professor do Alto Comando da Marinha de Guerra Brasileira e do CNPq.

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